terça-feira, 26 de junho de 2012



Fiz versos azuis
Para cantar o céu e o mar,
Fiz versos de toda a cor
Para falar qualquer coisa de amor.
Fiz versos coloridos para falar
Do pôr do sol na minha praia.
Fiz versos de qualquer cor
Para espantar a solidão.
Fiz versos e mais versos
Para falar dos meus sonhos,
Dos pequenos caminhos,
Das penas e desilusões.
Apaga então as letras e sente
Apenas minhas impressões digitais:
Tua mão na minha
A pensar em nós...

Sônia Schmorantz

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Procura-se



Procura-se


A aurora desperta pelo azul do mar,

A quietude outonal que rasga o dia,

a vida que ressurge rara após noite escura.

Procura-se

a esperança que saiu voando sem rumo,

uma alma alada como pássaro,

que desapareceu entre o céu e o mar.

Procura-se

sonhos pássaros perdidos na névoa tardia,

ventos leves, leves como o pensamento.

Procura-se

uma chance, uma sorte, uma nova saída,

uma ilha, um pouco de paisagem,

um verso capaz de descrever o instante.

Sônia Schmorantz

domingo, 24 de junho de 2012



Eu quero qualquer coisa mágica,
qualquer coisa azul,
qualquer forma de ser feliz.
Não quero acordar cedo,
quero prolongar o sonho mesmo
que a história seja trágica.
Não quero sonhos falsos,
Não quero destino já traçado,
Não quero uma vida básica.
Não quero restos ou pedaços
Não quero olhar o relógio,
Não quero um tempo sádico.
Quero valer um mar azul
uma estrela na varinha de condão
um poema de efeito mágico,
que seja fácil, que seja simples,
nem litúrgico, nem letárgico,
mas que fale ao coração...

Sônia Schmorantz