quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
O meu desejo
Vejo-te só a ti no azul dos céus,
Olhando a nuvem de oiro que flutua.
Ó minha perfeição que criou Deus
E que num dia lindo me fez sua!
Nos vultos que diviso pela rua,
Que cruzam os seus passos com os meus...
Minha boca tem fome só da tua!
Meus olhos têm sede só dos teus!
Sombra da tua sombra, doce e calma,
Sou a grande quimera da tua alma
E, sem viver, ando a viver contigo...
Deixa-me andar assim no teu caminho
Por toda a vida, Amor, devagarinho,
Até a morte me levar consigo...
Florbela Espanca
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Se perdeu no verde e se encontrou no azul do céu, uma centelha de luz brilhou nos olhos realçando-lhes a cor castanho esverdeados. Os fechou e ergueu os braços em rodopios até cair na relva como um manto a lhe agasalhar, e permaneceu assim, estirada ao chão, num silêncio contemplativo por longas horas até que o pensamento serelepe voou por lugares diversos.
Angella Reis
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Poema azul
O mar beijando a areia
O céu e a lua cheia
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu
E a lua cheia
Que prateia os cabelos do meu bem
Que olha o mar beijando a areia
E uma estrelinha solta no céu
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu e a lua cheia
um beijo meu
Sophia de Mello Breyner
O Meu Olhar Azul como o Céu
O meu olhar azul como o céu
É calmo como a água ao sol.
É assim, azul e calmo,
Porque não interroga nem se espanta ...
Se eu interrogasse e me espantasse
Não nasciam flores novas nos prados
Nem mudaria qualquer cousa no sol de modo a ele ficar mais belo...
(Mesmo se nascessem flores novas no prado
E se o sol mudasse para mais belo,
Eu sentiria menos flores no prado
E achava mais feio o sol ...
Porque tudo é como é e assim é que é,
E eu aceito, e nem agradeço,
Para não parecer que penso nisso...)
Alberto Caeiro
Desenho
Árvore da noite
Com ramos azuis
Até o horizonte.
Estendi meus braços,
E apenas achei
Nevoeiros esparsos.
O resto era sonhos
No profundo fim
Da vida e da noite.
A memória em pranto
Os ramos azuis
Fica procurando
E de olhos fechados
Vejo longe, sós,
Meus alados braços.
Ó noite, azul, árvore ...
Suspiro a subir
Muro de saudade!
Cecília Meireles
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