segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Poema para uma mulher azul
























Ela é a música e a alegria de um lugar que não se esquece.
Seu corpo nasce na noite que a minha fogueira alimenta.

No berço de sua palavra uma partitura é lembrada como um pássaro que se vê.
É sua semente a explosão em branco que toca a onda.

Clara como uma jazida de fogo, o seu minério se expande, concentra, cria e recupera
em suas mãos as fontes do tempo: em sua ciência todo sonho é matéria para um novo espírito.

Ela é a chuva, a casa, a mulher e a criança. Veste-se em tudo sua alegria que vibra,
e em cada corda de sua beleza um mesmo instrumento canta seu júbilo.

Peixes e estrelas desceram da noite para iluminar sua passagem. Para o dia que nasce
ela é o peito e a voz que declara a vida.

O seu corpo é amor, e assim é toda verdade.

Weydson Barros Leal

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