sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Soneto azul
Quando desperto mansamente agora
é todo um sonho azul minha janela
e nela ficam presos esses olhos
amando-te no céu que faz lá fora.
Tu me sorris em tudo, misteriosa…
e a rua que - tal como outrora - desço,
a velha rua, eu mal a reconheço
em sua graça de menina-moça…
Riso na boca e vento no cabelo,
delas vem vindo em bando…E ao vê-lo
por um acaso olha-me a mais bela.
Sabes eu amo-te a perder de vista…
E bebo então, com uma saudade louca,
teu grande olhar azul nos olhos dela!
Mario Quintana
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